29 novembro 2011

Até 80% do consumo de água nas casas vem das descargas


Você já parou para pensar na descarga dos vasos sanitários da sua casa? Para economizar água, até esse detalhe é importante. Nem todos os tipos de descargas disponíveis no mercado oferecem padrões aceitáveis de economia.
Os números são expressivos: em um prédio comercial, por exemplo, a água consumida nas descargas representa de 50% a 70% do consumo total do edifício. Nas casas, chega a 80% o uso das descargas para remoção de dejetos líquidos.
Nos últimos anos, o mercado brasileiro tem se ajustado à norma NBR 15.097/04, da ABNT, que fixa o consumo máximo de 6 litros de água por descarga para todos os tipos e modelos. No entanto, uma descarga pode chegar a consumir até 15 litros de água, ou seja, mais do que o dobro determinado.
Se você estiver fazendo uma reforma ou construindo um novo imóvel, o ideal é dar preferência a caixas de descarga no lugar das válvulas. Existem ainda bacias sanitárias com sistema “dual” de descarga, que economizam até 40% de água em comparação ao sistema convencional, uma vez que apresentam duas opções de descarga: de 6 ou 3 litros. Outra opção conhecida e aplicada comercialmente são as descargas a vácuo, que consomem 1,5 litros de água por vez. Neste caso, porém, o gasto de energia elétrica é considerável.
O impacto é tão intenso que, em 2009, a ONG SOS Mata Atlântica criou a campanha Xixi no Banho, que estimula o hábito para poupar descargas. Você aplica a ação no dia-a-dia?

Fonte: Revista Super

24 novembro 2011

Achado maior reservatório d'água do universo


A quantidade de vapor de água presente em torno do quasar APM 08279+5255 é equivalente a 140 trilhões de vezes toda a água nos oceanos da Terra e quatro mil vezes a água presente em toda a Via Láctea.

Quasares são buracos negros gigantes no centro de galáxias que consomem continuamente o disco de poeira e gás que os cerca. Conforme come, o quasar cospe uma grande quantidade de energia. Astrônomos acreditam que eles possam ser alguns dos objetos mais antigos do universo.

O objeto estudado por um equipe da Nasa e da Caltech, por exemplo, está a 12 bilhões de anos-luz e possui um buraco-negro com 20 bilhões de vezes mais massa do que o Sol e trilhões de vezes a sua energia.

Mesmo sabendo que a água existia no Universo primitivo, os astrônomos se surpreenderam por encontrar uma quantidade tão grande e tão distante. Se o quasar está a 12 bilhões de anos-luz, significa que surgiu relativamente pouco depois do Big Bang,a explosão que deu origem a tudo há cerca de 13,5 bilhões de anos.

Em um trabalho publicado na Astrophysical Journal Letters, os astrônomos explicam como o ambiente em torno desse quasar é único. Nele, o vapor de água está sendo banhado por raios-X e radiação infravermelha, o que o torna incomumente quente e denso.

Sua temperatura chega a – 53º C e sua densidade é 300 vezes menor do que a atmosfera terrestre. Isso parece pouco, mas representa cinco vezes mais calor e uma densidade de 10 a 100 vezes maior do que as vistas em uma galáxia como a Via Láceta.

As medidas de vapor de água e outras moléculas, como monóxido de carbono, sugerem que o quasar possui material suficiente para crescer até seis vezes o seu tamanho atual.

Fonte: EXAME Info

19 novembro 2011

Chevron: sua sujeira, nosso problema


Ativistas do Greenpeace derramam óleo na porta da Chevron no Rio de Janeiro para lembrar que o acidente no seu poço de petróleo continua muito mal explicado.

Transparência e providência. Esses são os dois principais pedidos endereçados à petroleira Chevron sobre o vazamento de óleo que, há mais de uma semana, atinge a Bacia de Campos, no norte do Estado do Rio de Janeiro.

Com banners que diziam “Chevron: sua sujeira, nosso problema”, os ativistas do Greenpeace realizaram, na manhã desta sexta-feira, um protesto diante do prédio onde ficam os escritórios da petroleira, no centro do Rio. Eles despejaram barris de “petróleo” – na verdade uma substância produzida com tinta atóxica – para lembrar que as causas do vazamento e os planos da empresa para contê-lo e reduzir seu impacto na biodiversidade da costa fluminense continuam muito mal explicados.

“O Greenpeace quer transparência da Chevron e dos órgãos do governo a respeito do acidente. As informações que se tem até agora são contraditórias. A empresa minimiza o problema. Mas a mancha de óleo pode ultrapassar 160 quilômetros quadrados de extensão”, afirma Leandra Gonçalves, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

“Surpreende que a empresa não tenha se prontificado a levar a imprensa e organizações da sociedade civil até o local do acidente e até agora tenha se limitado a soltar comunicados vagos sobre o que está acontecendo na costa do Estado do Rio”, diz ela. “Tanto segredo é um sinal de que a Chevron não tem um plano de segurança adequado. O Brasil não pode virar o Golfo do México.”

Dona da marca Texaco no Brasil, a norte-americana Chevron detém uma concessão para explorar três poços de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, localizado a 370 km da costa do Rio. O vazamento foi detectado no dia 8 de novembro e desde então, nem a Chevron, nem a Agência Nacional do Petróleo (ANP) souberam indicar suas causas reais.

O tamanho inicial do vazamento foi estimado pela ANP em 330 barris por dia, ou 50 mil litros de óleo. Mas imagens de satélite obtidos pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) indicam um vazamento dez vezes maior. A extensão da mancha vista do espaço levam a um cálculo de 3,7 mil barris de óleo por dia – quantidade próxima a identificada no início do vazamento do Golfo do México.

O triste episódio da exploração de petróleo em alto-mar que pôs a Chevron no radar dos brasileiros, espalhou óleo por uma área que serve de rota migratória para uma longa lista de espécies de baleias – bryce, piloto, minke-anil, cachalote, francas e jubartes. E é um duro alerta para a necessidade do país de proteger suas jóias de biodiversidade marinha como os Abrolhos, na costa da Bahia.

Maior recife de corais do Hemisfério Sul, Abrolhos é tão importante como recurso natural que foi transformado em Parque Nacional em 1983. É ele que garante a riqueza da pesca e os benefícios do turismo para grande parte do litoral nordestino. E a exploração de petróleo está chegando lá. “O acidente o poço da Chevron é um recado eloquente em favor de uma moratória na exploração petrolífera nos Abrolhos”, diz Leandra.

Fonte: Site Greenpeace

16 novembro 2011

Água e Sustentabilidade: como ajudar?

Consumo Sustentável significa saber utilizar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações futuras. Para isso precisamos somente dar mais atenção com o que está ao nosso redor, no nosso ambiente.
Noventa e sete por cento da água existente no planeta Terra é salgada (mares e oceanos), dois por cento formam geleiras inacessíveis e, apenas um por cento é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos...
Pois é, temos apenas 1% de água, distribuída desigualmente pela Terra para atender a população mundial! E esse pouco de água que nos resta está ameaçado pois somente agora estamos nos dando conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais. Cada um de nós tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de coisas.
Sabemos que não dá para viver sem água, então, a saída é fazer um uso racional deste precioso recurso natural. A água deve ser usada com muita responsabilidade.
Devido a importância da água para a vida de um modo geral e especificamente para a saúde e o bem estar das pessoas, têm surgido diversos movimentos com o objetivo de melhorar a qualidade das águas das bacias hidrográficas. As bacias hidrográficas tem sido consideradas como unidades naturais de divisão territorial tanto pelas comunidades como pelos órgãos oficiais, diferentemente da forma tradicional de divisão de estados e municípios. Oficialmente, comitês de bacias hidrográficas têm sido implantados de acordo com a Política Nacional de Recursos Hídricos do Ministério de Meio Ambiente. Mas além das iniciativas oficiais do governo, alguns movimentos estão acontecendo pela iniciativa privada e por organizações do terceiro setor.
O sistema de captação, filtragem e armazenamento de água de chuva, é indicado para tanto para utilização residencial, quanto para comercial e industrial.
Esses sistemas utilizam telhados e calhas como captadores da água de chuva, que é dirigida para um filtro autolimpante e levada para uma cisterna ou tanque subterrâneo.Para evitar que a sedimentação do fundo da cisterna se misture com a água, esta é canalizada até o fundo. Estocada ao abrigo da luz e do calor, a água se mantém livre de bactérias e algas. Uma outra parte do sistema cuida de sugar a água armazenada de pontos logo abaixo da superfície, para não movimentar eventuais resíduos.
Ao optar pela reutilização, da água de chuva, lembre-se que esta poderá ser utilizada no abastecimento da piscina, para resfriar equipamentos e máquinas, em serviços de limpeza, para descarga de banheiros, no reservatório contra incêndio e na irrigação de áreas verdes.
E lembre-se: a água da chuva não pode ser utilizada como água potável.
Você sabe como ajudar? Para começar você pode:
• Conhecer e seguir todas as regras de conservação e racionamento de água que possam estar em vigor.
• Ajudar a desenvolver a consciência das crianças sobre a necessidade de se conservar água.
• Encorajar seus funcionários a promover a conservação de água em seu local de trabalho.
• Divulgar negócios que pratiquem e promovam a conservação de água.
• Avisar ao proprietários de imóveis, a autoridades locais ou à concessionária de água de sua cidade sobre toda perda de água (encanamentos rompidos, hidrantes abertos, aspersores mal instalados, poços que tenham fluxo constante abandonados etc).
• Apoiar projetos de utilização de água reciclada para irrigação e outros usos. Encorajar seus amigos e vizinhos a fazer parte de uma comunidade consciente da importância da água.
• Não desperdiçar água porque outra pessoa está pagando a conta.
• Resumindo: tente fazer cada dia algo que resultará em mais economia de água. Não se preocupe se as economias são mínimas.
Cada gota conta. E cada pessoa faz a diferença!

08 novembro 2011

Aqüífero Guarani

Uma advertência de especialistas da Universidade de São Paulo precisa ser levada a sério e exige providências urgentes: o uso de água do Aqüífero Guarani pode tornar-se inviável em 50 anos, pois o consumo é 13 vezes maior que a recarga. E pelo menos 100 cidades brasileiras são abastecidas por esse Aqüífero subterrâneo, que vai do Centro-Oeste ao Sul do país e se estende pelo Uruguai, Argentina e Paraguai.


As cidades em risco ficam nos Estados de São Paulo, Minas, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul. A mais ameaçada é Ribeirão Preto, onde a água subterrânea é a única fonte de abastecimento público. Mas há outras cidades abastecidas totalmente pelo Aqüífero, como Sertãozinho e Matão. Em São José do Rio Preto, Araraquara, Bauru, Avaré, Tupã e Marília o abastecimento é parcial. Sem falar na cidade de São Paulo, onde já há milhares de poços.


Não são apenas residências que se abastecem desses poços. Os maiores usuários estão hoje no agronegócio, onde se perfuram grandes poços artesianos, principalmente para irrigação de lavouras – e ali as taxas de desperdício e evaporação são altas.
Para complicar mais um pouco, estudos mais recentes mostram que o aqüífero não é contínuo como se pensava – é compartimentado. E sendo assim, o uso maior em certas regiões pode não ser compensado pela recarga em outras áreas.


É preciso mudar a postura em relação às águas subterrâneas. Hoje, quase não há fiscalização do poder público. Os poços são perfurados quase livremente e não se controla a quantidade usada. Os governos têm um alto débito nessa área. Mas os cidadãos também devem entender que precisam colaborar para evitar um cenário indesejável nas próximas décadas.


(Fonte: Repórter Eco)

01 novembro 2011

E quem limpa essa sujeira?


Nas últimas semanas, voluntários do Greenpeace se juntaram para limpar o petróleo que vazou no litoral norte da Nova Zelândia depois do naufrágio do cargueiro Rena.

Até o momento foram recolhidas 376 toneladas de petróleo procedente dos tanques de combustível do navio de bandeira liberiana, ao longo de 60 km de costa da baía de Plenty, no que se considera o pior desastre marítimo na história do país.

Mais de mil aves morreram e quase uma centena estão sendo tratadas devido à contaminação causada pelo Rena, que naufragou há uma semana no recife de Astrolabe, a cerca de 12 km da cidade portuária de Tauranga, na ilha do Norte.

Os efeitos dessa catástrofe ambiental poderão ser sentidos por anos, impactando o ecossistema local, a comunidade costeira e a economia.

A situação tem demonstrado claramente que é impossível conter um vazamento, que as autoridades locais ainda não estão preparadas e que não existe mecanismo de contenção capaz de evitar os impactos de um vazamento de óleo.

Enquanto leio as notícias sobre o vazamento que se passam do outro lado do mundo, um mundo de pensamentos desaba sobre a minha cabeça. Penso na comunidade kiwi afetada, nos voluntários limpando a sujeira para salvar o que resta de biodiversidade e penso ainda mais, como eu quero a exploração de petróleo longe de Abrolhos.