10 dezembro 2011

Boas práticas na (re)utilização da água

Poupar água é não desperdiçá-la em consumos inúteis a que muitos se foram habituando ao longo dos anos. Para poupar, consumindo apenas a quantidade que realmente se necessita nas actividades diárias, é essencial corrigir os maus hábitos. Devemos lutar contra a escassez de água, eliminando as situações de desperdício. Neste sentido, seguem algumas orientações ou “boas práticas” para o uso mais eficiente da água:

• Assegure que a máquina de lavar louça só é utilizada quando está cheia.

• Não passe a louça na água antes de a colocar na máquina. As experiências realizadas demonstram que essa pré-lavagem não melhora a eficiência da máquina. Antes de colocar na máquina os pratos, tachos, panelas ou frigideiras, limpe-os com papel. Se necessário deixe-os de "molho".

• Evite lavar a louça à mão. Quando não existe máquina, deve-se encher a pia apenas com a água necessária. Não deixe a água a correr continuamente.

• Reutilize a água que sobrou de cozinhar ovos, chaleiras elétricas, lavar vegetais, etc, para regar as suas plantas.

• Cozinhe os legumes ao vapor em vez de os cozer em água. Além de gastar menos água, conseguirá reter mais vitaminas na comida. Também poderá reutilizar a água de cozinhar vegetais para fazer sopa.

• Verifique o fechamento correto das torneiras após o uso (não deixando a pingar). Se houver fuga e a torneira pingar, conserte-a o mais rapidamente possível.

• Na aquisição de máquinas de lavar louça ou roupa, deverá ter-se em conta os modelos mais eficientes em termos de economia de água e de energia (eficiência A ou B).

• Prefira os banhos de chuveiro aos banhos de imersão (banheira). Uma ducha normal consome 20 litros em 5 minutos, enquanto um banho de imersão consome cerca de 200 litros. Feche a torneira durante o período de ensaboamento.

• Enquanto está à espera da água quente (no banho), encha um balde para depois utilizá-la numa descarga da sua sanita ou na rega de plantas.

• Feche a torneira enquanto escova os dentes ou enquanto faz a barba. As torneiras podem consumir cerca de 8 litros por minuto.

• Nos dias mais quentes, regue as plantas apenas à noite ou de manhã cedo, de forma a se perder uma menor quantidade de água por evaporação.

• Na lavagem do carro não deixe a água a correr. Depois de molhar bem o carro, deve desligar a mangueira ou fechar a água, ensaboando o carro a partir de um balde com detergente. Não se deve lavar o carro ao Sol. Só depois é que se retira o detergente em excesso.

Vídeo: Uso Racional da água

De toda a água existente no mundo 97% está nos mares e oceanos. Ou seja, é água imprópria para consumo. Os outros 3% restantes são água doce. Só que menos de 1 % está disponível para consumo. O uso racional da água e o combate ao seu desperdício são hoje uma preocupação mundial. Alguns estudos de instituições internacionais estimam que até 2025 um terço da população mundial sofrerá com a escassez de água. Ainda que o Brasil tenha 13% de toda água potável do mundo, é preciso economizar e consumir este recurso da maneira mais sustentável possível.

Para falar sobre o uso racional da água, o vídeo (dividido em duas partes) mostra uma entrevista do programa de televisão "Meio Ambiente por Inteiro" com Leodegar Tiscoski, secretário nacional de saneamento ambiental do Ministério das Cidades e Albano Araujo, coordenador de estratégia de água doce da ONG TNC, The Nature Conservancy.


Para assistir os vídeos, clique nos links abaixo:


Parte 1 Parte 2

Por que racionalizar o consumo de água?

A ameaça de escassez dos recursos hídricos tem colocado essa questão centro das preocupações e disputas em todo o mundo. Se não forem tomadas medidas urgentes com relação à degradação ambiental, ao aquecimento global e ao desperdício, em 2025, metade da população mundial não terá acesso à água potável.

O Brasil, que é detentor de 12% das reservas mundiais de água doce, enfrenta um grande desafio: cerca de 70% dos rios em território nacional estão contaminados. Isso porque, dos 54 milhões de domicílios do país, somente em pouco mais de 12 milhões o esgoto recebe algum tipo de tratamento antes de ser despejado nos sistemas hídricos.

Outro entrave é a distribuição de suas águas. Para se ter uma idéia, 80% do volume total das águas estão concentrados na região Norte, que registra a menor densidade populacional do país, 5% dos brasileiros. Ao restante dos habitantes, 95% da população brasileira, compete dividir os 20% das águas disponíveis. Em São Paulo cerca de 3 milhões de pessoas ficam sem água nos períodos de estiagem. Na região Metropolitana de São Paulo a disponibilidade da água é a menor do país (200 m³/hab/ano). A solução para o problema do fornecimento da água à Grande São Paulo está muito distante e exigirá investimentos bilionários.

Segundo o professor da USP Aldo Rebouças, especialista em recursos hídricos, grande parte da solução para crise do abastecimento de água se concentra na economia da água, na criação de uma rede secundária para a água de reuso, do aumento da captação de água de chuva, além da ampliação da rede de tratamento de esgoto.

Contudo, dados mostram que a água de reuso para empresas instaladas em São Paulo, com o objetivo de evitar o uso de água potável nos processos industriais, na irrigação de jardins, resfriamento de caldeiras, etc, ainda é inócua. O desinteresse das indústrias está no fato de não haver uma rede de distribuição de água de reuso. O fornecimento é feito por caminhões, o que não oferece segurança para manutenção da rotina de uma empresa. A situação mais agravante está nas regiões de grande densidade populacional, e segundo especialistas do Departamento de Ciências Atmosféricas da USP, em São Paulo entre 1999 e 2002, 60% das chuvas ocorreram nos centros urbanos e não nos mananciais, atraídas pelas ilhas de calor formadas pelas excessivas pavimentações e verticalização.

Em São Pedro do Turvo, em São Paulo, foi instalada a medição individualizada, e o consumo caiu em 20%. A região metropolitana do Recife conta hoje com 55 mil apartamentos reformados para a medição individual, com redução de consumo entre 25% a 35% para 5% a 10%. A economia de energia foi de 30%. Tem sido cada vez mais frequente a construção de conjuntos habitacionais inteligentes, com leitura individualizada nos apartamentos. A satisfação dos moradores é alta – cada um paga em média R$ 23,00/mês. E já estudam outras soluções como reuso de água.
Quando em 2004 houve um incentivo à redução de consumo de água com desconto de 20% para quem reduzisse o consumo, os moradores da Grande São Paulo economizaram 1/3 do volume de água do Guarapiranga.

80% das doenças e 30% dos óbitos no mundo são causados por águas poluídas.

De 1900 a 1990 a demanda mundial de água aumentou 6 vezes. Um banho de 15 minutos de ducha de alta pressão consome 1.351 litros. Em um chuveiro normal 240 litros. Se fecharmos o chuveiro para nos ensaboar o consumo seria de 20 litros.

O Hospital Albert Einstein implantou o uso racional de água e teve uma redução da conta de R$ 117 mil/mês para R$ 30 mil.

É importante lembrar que o reuso de água de chuva e da água servida garantem que a água potável seja reservada para o consumo humano, sua destinação natural.

Fonte: Discurso do vereador Aurélio Nomura, autor da lei n° 14.018 - SP, que trata da individualização de água.

29 novembro 2011

Até 80% do consumo de água nas casas vem das descargas


Você já parou para pensar na descarga dos vasos sanitários da sua casa? Para economizar água, até esse detalhe é importante. Nem todos os tipos de descargas disponíveis no mercado oferecem padrões aceitáveis de economia.
Os números são expressivos: em um prédio comercial, por exemplo, a água consumida nas descargas representa de 50% a 70% do consumo total do edifício. Nas casas, chega a 80% o uso das descargas para remoção de dejetos líquidos.
Nos últimos anos, o mercado brasileiro tem se ajustado à norma NBR 15.097/04, da ABNT, que fixa o consumo máximo de 6 litros de água por descarga para todos os tipos e modelos. No entanto, uma descarga pode chegar a consumir até 15 litros de água, ou seja, mais do que o dobro determinado.
Se você estiver fazendo uma reforma ou construindo um novo imóvel, o ideal é dar preferência a caixas de descarga no lugar das válvulas. Existem ainda bacias sanitárias com sistema “dual” de descarga, que economizam até 40% de água em comparação ao sistema convencional, uma vez que apresentam duas opções de descarga: de 6 ou 3 litros. Outra opção conhecida e aplicada comercialmente são as descargas a vácuo, que consomem 1,5 litros de água por vez. Neste caso, porém, o gasto de energia elétrica é considerável.
O impacto é tão intenso que, em 2009, a ONG SOS Mata Atlântica criou a campanha Xixi no Banho, que estimula o hábito para poupar descargas. Você aplica a ação no dia-a-dia?

Fonte: Revista Super

24 novembro 2011

Achado maior reservatório d'água do universo


A quantidade de vapor de água presente em torno do quasar APM 08279+5255 é equivalente a 140 trilhões de vezes toda a água nos oceanos da Terra e quatro mil vezes a água presente em toda a Via Láctea.

Quasares são buracos negros gigantes no centro de galáxias que consomem continuamente o disco de poeira e gás que os cerca. Conforme come, o quasar cospe uma grande quantidade de energia. Astrônomos acreditam que eles possam ser alguns dos objetos mais antigos do universo.

O objeto estudado por um equipe da Nasa e da Caltech, por exemplo, está a 12 bilhões de anos-luz e possui um buraco-negro com 20 bilhões de vezes mais massa do que o Sol e trilhões de vezes a sua energia.

Mesmo sabendo que a água existia no Universo primitivo, os astrônomos se surpreenderam por encontrar uma quantidade tão grande e tão distante. Se o quasar está a 12 bilhões de anos-luz, significa que surgiu relativamente pouco depois do Big Bang,a explosão que deu origem a tudo há cerca de 13,5 bilhões de anos.

Em um trabalho publicado na Astrophysical Journal Letters, os astrônomos explicam como o ambiente em torno desse quasar é único. Nele, o vapor de água está sendo banhado por raios-X e radiação infravermelha, o que o torna incomumente quente e denso.

Sua temperatura chega a – 53º C e sua densidade é 300 vezes menor do que a atmosfera terrestre. Isso parece pouco, mas representa cinco vezes mais calor e uma densidade de 10 a 100 vezes maior do que as vistas em uma galáxia como a Via Láceta.

As medidas de vapor de água e outras moléculas, como monóxido de carbono, sugerem que o quasar possui material suficiente para crescer até seis vezes o seu tamanho atual.

Fonte: EXAME Info

19 novembro 2011

Chevron: sua sujeira, nosso problema


Ativistas do Greenpeace derramam óleo na porta da Chevron no Rio de Janeiro para lembrar que o acidente no seu poço de petróleo continua muito mal explicado.

Transparência e providência. Esses são os dois principais pedidos endereçados à petroleira Chevron sobre o vazamento de óleo que, há mais de uma semana, atinge a Bacia de Campos, no norte do Estado do Rio de Janeiro.

Com banners que diziam “Chevron: sua sujeira, nosso problema”, os ativistas do Greenpeace realizaram, na manhã desta sexta-feira, um protesto diante do prédio onde ficam os escritórios da petroleira, no centro do Rio. Eles despejaram barris de “petróleo” – na verdade uma substância produzida com tinta atóxica – para lembrar que as causas do vazamento e os planos da empresa para contê-lo e reduzir seu impacto na biodiversidade da costa fluminense continuam muito mal explicados.

“O Greenpeace quer transparência da Chevron e dos órgãos do governo a respeito do acidente. As informações que se tem até agora são contraditórias. A empresa minimiza o problema. Mas a mancha de óleo pode ultrapassar 160 quilômetros quadrados de extensão”, afirma Leandra Gonçalves, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

“Surpreende que a empresa não tenha se prontificado a levar a imprensa e organizações da sociedade civil até o local do acidente e até agora tenha se limitado a soltar comunicados vagos sobre o que está acontecendo na costa do Estado do Rio”, diz ela. “Tanto segredo é um sinal de que a Chevron não tem um plano de segurança adequado. O Brasil não pode virar o Golfo do México.”

Dona da marca Texaco no Brasil, a norte-americana Chevron detém uma concessão para explorar três poços de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, localizado a 370 km da costa do Rio. O vazamento foi detectado no dia 8 de novembro e desde então, nem a Chevron, nem a Agência Nacional do Petróleo (ANP) souberam indicar suas causas reais.

O tamanho inicial do vazamento foi estimado pela ANP em 330 barris por dia, ou 50 mil litros de óleo. Mas imagens de satélite obtidos pela Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) indicam um vazamento dez vezes maior. A extensão da mancha vista do espaço levam a um cálculo de 3,7 mil barris de óleo por dia – quantidade próxima a identificada no início do vazamento do Golfo do México.

O triste episódio da exploração de petróleo em alto-mar que pôs a Chevron no radar dos brasileiros, espalhou óleo por uma área que serve de rota migratória para uma longa lista de espécies de baleias – bryce, piloto, minke-anil, cachalote, francas e jubartes. E é um duro alerta para a necessidade do país de proteger suas jóias de biodiversidade marinha como os Abrolhos, na costa da Bahia.

Maior recife de corais do Hemisfério Sul, Abrolhos é tão importante como recurso natural que foi transformado em Parque Nacional em 1983. É ele que garante a riqueza da pesca e os benefícios do turismo para grande parte do litoral nordestino. E a exploração de petróleo está chegando lá. “O acidente o poço da Chevron é um recado eloquente em favor de uma moratória na exploração petrolífera nos Abrolhos”, diz Leandra.

Fonte: Site Greenpeace

16 novembro 2011

Água e Sustentabilidade: como ajudar?

Consumo Sustentável significa saber utilizar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as necessidades e aspirações das gerações futuras. Para isso precisamos somente dar mais atenção com o que está ao nosso redor, no nosso ambiente.
Noventa e sete por cento da água existente no planeta Terra é salgada (mares e oceanos), dois por cento formam geleiras inacessíveis e, apenas um por cento é água doce, armazenada em lençóis subterrâneos, rios e lagos...
Pois é, temos apenas 1% de água, distribuída desigualmente pela Terra para atender a população mundial! E esse pouco de água que nos resta está ameaçado pois somente agora estamos nos dando conta dos riscos que representam os esgotos, o lixo, os resíduos de agrotóxicos e industriais. Cada um de nós tem uma parcela de responsabilidade nesse conjunto de coisas.
Sabemos que não dá para viver sem água, então, a saída é fazer um uso racional deste precioso recurso natural. A água deve ser usada com muita responsabilidade.
Devido a importância da água para a vida de um modo geral e especificamente para a saúde e o bem estar das pessoas, têm surgido diversos movimentos com o objetivo de melhorar a qualidade das águas das bacias hidrográficas. As bacias hidrográficas tem sido consideradas como unidades naturais de divisão territorial tanto pelas comunidades como pelos órgãos oficiais, diferentemente da forma tradicional de divisão de estados e municípios. Oficialmente, comitês de bacias hidrográficas têm sido implantados de acordo com a Política Nacional de Recursos Hídricos do Ministério de Meio Ambiente. Mas além das iniciativas oficiais do governo, alguns movimentos estão acontecendo pela iniciativa privada e por organizações do terceiro setor.
O sistema de captação, filtragem e armazenamento de água de chuva, é indicado para tanto para utilização residencial, quanto para comercial e industrial.
Esses sistemas utilizam telhados e calhas como captadores da água de chuva, que é dirigida para um filtro autolimpante e levada para uma cisterna ou tanque subterrâneo.Para evitar que a sedimentação do fundo da cisterna se misture com a água, esta é canalizada até o fundo. Estocada ao abrigo da luz e do calor, a água se mantém livre de bactérias e algas. Uma outra parte do sistema cuida de sugar a água armazenada de pontos logo abaixo da superfície, para não movimentar eventuais resíduos.
Ao optar pela reutilização, da água de chuva, lembre-se que esta poderá ser utilizada no abastecimento da piscina, para resfriar equipamentos e máquinas, em serviços de limpeza, para descarga de banheiros, no reservatório contra incêndio e na irrigação de áreas verdes.
E lembre-se: a água da chuva não pode ser utilizada como água potável.
Você sabe como ajudar? Para começar você pode:
• Conhecer e seguir todas as regras de conservação e racionamento de água que possam estar em vigor.
• Ajudar a desenvolver a consciência das crianças sobre a necessidade de se conservar água.
• Encorajar seus funcionários a promover a conservação de água em seu local de trabalho.
• Divulgar negócios que pratiquem e promovam a conservação de água.
• Avisar ao proprietários de imóveis, a autoridades locais ou à concessionária de água de sua cidade sobre toda perda de água (encanamentos rompidos, hidrantes abertos, aspersores mal instalados, poços que tenham fluxo constante abandonados etc).
• Apoiar projetos de utilização de água reciclada para irrigação e outros usos. Encorajar seus amigos e vizinhos a fazer parte de uma comunidade consciente da importância da água.
• Não desperdiçar água porque outra pessoa está pagando a conta.
• Resumindo: tente fazer cada dia algo que resultará em mais economia de água. Não se preocupe se as economias são mínimas.
Cada gota conta. E cada pessoa faz a diferença!