23 maio 2010

Vasos sanitários a vácuo geram economia de água de até 30%



O arquiteto Anabi Resende Filho, da USP, estudou quatro sistemas de esgotamento sanitário, visando a racionalização do uso da água, dentre eles o sistema de descarga a vácuo, e verificou as vantagens e as desvantagens econômicas de cada um deles.
Os vasos sanitários tradicionais consomem entre 6,8 e 12 litros de água por acionamento, dependendo do modelo, enquanto a descarga a vácuo consome apenas 1,2 litro.

Como funciona a descarga a vácuo
"No momento do acionamento da descarga, o ar do meio externo invade a tubulação a fim de igualar as pressões dos dois ambientes", explica Resende. Essa diferença de pressão gera uma entrada de 80 litros de ar para dentro da tubulação a uma velocidade acima de 600 quilômetros por hora (km/h), carregando os dejetos.

Vantagens
O sistema de esgotamento sanitário a vácuo, utilizado em aeronaves e plataformas de petróleo, consome cerca de 1,2 litro de água a cada acionamento, gerando uma economia na conta de água de cerca de 30%. Sua utilização também produz menos esgoto, sendo ambiental e socialmente mais correta, por reduzir custos nas estações de tratamento de esgotos.

Desvantagens
Dentre as desvantagens do uso do sistema a vácuo está a geração de ruídos operacionais altos, afetando a privacidade do usuário, podendo até mesmo contribuir para distúrbios auditivos. Isto ocorre pelo fato de alguns sistemas existentes no mercado ultrapassarem, em muito, o nível de decibéis recomendados pela Organização Mundial de Saúde.
Outra desvantagem é o preço, não sendo viável sua instalação em residências, no momento. Na SOF, o custo de instalação foi de cerca de R$380 mil para 65 vasos sanitários.

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